Manifestantes percorreram cerca de cinco quilômetros até o Palácio das Princesas
Fotos: Vanessa Silva/ NE10
Do NE10
Desta vez sem bombas, tiros ou confusão. A 4ª mobilização dos estudantes contra o reajuste de 6,3% nas passagens de ônibus tomou livremente as ruas do Centro do Recife na tarde desta quarta-feira (25). Sem a Tropa de Choque, os manifestantes conseguiram concluir o trajeto até o Palácio Campo das Princesas, acompanhados pela Polícia Militar e policiais da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam). A manifestação desta quarta, porém, ganhou um tom mais político. As declarações do governador Eduardo Campos em defesa da polícia provocaram uma reação imediata da turma jovem, que em seus cartazes e gritos de guerra procuravam atingir diretamente o socialista.
Cerca de 500 pessoas participaram da passeata, que saiu do Ginásio Pernambucano, na Rua da Aurora, e seguiu pela Avenida Conde da Boa Vista até a Agamenon Magalhães, onde houve uma parada de aproximadamente 20 minutos. Depois os estudantes seguiram, novamente pela Conde da Boa Vista, até o Palácio Campo das Princesas. No trajeto de quase cinco quilômetros, diversas paradas em cruzamentos e muitos gritos de guerra. "Ô Eduardo, escuta aí. A juventude vai fazer você cair", foi um dos coros mais entoados.
A população nas ruas se mostrava bastante dividida. Muitos gritavam apoio de suas janelas, enquanto outros reclamavam por causa do trânsito parado. "Você acha que isso vai resolver? Porque eu não acho. Já era pra terem desistido faz tempo", resmungava o pedreiro Merivaldo dos Santos, de 46 anos. Já na opinião do casal Givanildo e Alexiana Cavalcanti, 38, que cruzaram com a manifestação já no retorno pela Conde da Boa Vista, o aumento nas passagens foi abusivo. "R$ 2 já é mais que suficiente. Esse povo quer é enricar às nossas custas", disse Givanildo. "O povo tem mesmo é que sair às ruas e protestar. Só não me junto ao grupo porque sou cadeirante e não tenho condições de acompanhar. Mas dou total apoio", completou Alexiana.
Incitados pelos estudantes, alguns motoristas buzinavam como sinal de apoio à causa. Pessoas que estavam nos coletivos também faziam gestos de incentivo à passeata. Lojas do centro da cidade, mais uma vez, fecharam as portas com medo da manifestação.
Após cerca de três horas de caminhada, o grupo chegou ao Palácio, onde as grades de contenção já haviam sido armadas e policiais estavam de protidão. Uma comissão formada por 27 pessoas, representantes de seis organizações estudantis pernambucanas, foi recebida pelo governador. De acordo com a assessoria do Palácio, a comitiva teria chegado por volta das 16h30, uma hora antes do protesto alcançar seu destino final. O grupo que organizou o protesto desta quarta, porém, afirma que nenhum representante teria sido recebido no Palácio.
Além de Eduardo Campos, teriam participado da reunião os secretários das Cidades, Danilo Cabral, Articulação Social e Regional, Sileno Guedes, e da Casa Civil, Tadeu Alencar, além dos deputados Pedro Eugênio e Luciano Siqueira.
A manifestação chegou ao fim por volta das 18h30. Mesmo após a dispersão do grande grupo, alguns ainda tentavam parar o trânsito nos cruzamentos da Rua da Aurora, mas depois desistiram e deram por encerrado o protesto. Apesar disso, a noite começou com engarrafamentos em diversas partes da cidade, sobretudo no centro do Recife e em vias que têm ligação direta com a região central. Uma nova passeata está sendo programada para esta sexta-feira (27).
Fonte: NE 10
A manifestação chegou ao fim por volta das 18h30. Mesmo após a dispersão do grande grupo, alguns ainda tentavam parar o trânsito nos cruzamentos da Rua da Aurora, mas depois desistiram e deram por encerrado o protesto. Apesar disso, a noite começou com engarrafamentos em diversas partes da cidade, sobretudo no centro do Recife e em vias que têm ligação direta com a região central. Uma nova passeata está sendo programada para esta sexta-feira (27).
Fonte: NE 10
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